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QUANTAS HORAS PRECISAMOS DORMIR?

Atualizado: 23 de nov. de 2022


ESSA É PRA VOCÊ QUE ACHA QUE TEM QUE DORMIR 8 HORAS, TODA NOITE


Existe um grande mito a respeito das oito horas de sono tão invejadas. Será que todo mundo precisa, realmente, desse número mágico para se sentir descansado?


A resposta é não. O número de horas de sono varia no decorrer da vida e também individualmente. É fato que, quando somos mais jovens, dormimos mais. Porém, a medida que envelhecemos, dormimos por menos tempo, mais cedo e acordamos também mais próximo ao canto do galo. Não só isso muda, nosso sono passa a ficar mais fragmentado e a quantidade de sono, chamado REM, diminui. Até mesmo entre os sexos, existe diferença nesse processo de envelhecimento.


Pensando de maneira individualizada, ainda existem variações dentro da mesma faixa etária; pessoas que podemos chamar de dormidores longos e curtos. Os dormidores longos são aquelas pessoas que precisam de mais de 10 horas de sono para se sentirem restauradas, enquanto os dormidores curtos precisam menos de 6 horas de sono. Apesar da existência desses extremos, existe uma média geral por idade que podemos observar nessa imagem da National Sleep Foundation:


Nesse gráfico, podemos observar a média da variação das horas de sono, de acordo com cada estrato de idade. Nos retângulos em azul marinho, apresentam as horas médias de sono que a maioria da população daquela idade precisa; e acima e abaixo deles, vemos números em verde água, que chegam a variar até 3 horas a mais ou a menos. Essa variação, apesar de não ser o mais comum, dependendo de cada pessoa, pode sim ser normal.


É importante também lembrar que, a coexistência de certas doenças podem afetar o nosso sono. A apneia obstrutiva do sono, o hipotireoidimo, anemia e a depressão, são alguns exemplos.


Sabemos que indivíduos com hipotireoidismo e anêmicos têm mais sonolência. E que, aqueles que têm apneia do sono podem ter um sono mais fragmentado, terem mais despertares durante a noite, e não conseguirem consolidar seu sono em estágios mais profundos. Então, a sonolência e o cansaço que esse paciente apresenta durante o dia, pode ser, equivocadamente interpretada, como estar dormindo menos do que deveria, ao invés de um sintoma da doença de base. Por isso, muitas vezes, o acompanhamento multidisciplinar é necessário.


Apesar da privação de sono ser um fenômeno muito comum na sociedade atual, ela deve ser observada e interpretada com cuidado. Muitos de nós, acabamos dormindo menos do que precisamos, durante alguma parcela da vida, de modo crônico. E, não incomum, muito dessa privação vem de maus hábitos e falta de organização da própria rotina. Os efeitos colhidos desta inadequação, podem ser vistos no dia seguinte com a piora da concentração, memória entre outras habilidades; e a longo prazo aumentar o risco de mortalidade. A reflexão sobre o modo como vivemos e a mudança de alguns hábitos, algumas vezes, se faz não só importante como essencial.


Observar a si mesmo, como seu corpo responde quando pode ter tempo livre para dormir, nos dá pistas de quantas horas são necessárias para o reestabelecimento do organismo. Então, sabendo que, apesar da média de horas de sono durante a vida adulta ser de 7 a 9 horas, isso não quer dizer que, necessariamente você seja uma dessas pessoas que precise dessas 8 horas de sono por noite.

Devemos alinhar a realidade de cada um com as expectativas que têm a respeito do seu próprio sono. Há idosos ou dormidores curtos, por exemplo, que acreditam que têm insônia porque não estão dormindo 8 horas por noite. Ou, a frequente comparação das horas de sono de uma pessoa que tem um funcionamento e ritmo muito diferente do seu. Respeitar o nosso tempo único é crucial para levarmos uma vida mais saudável e produtiva.



Fotografia: Andrey Grushnikov


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